Uma serie de palestras marcaram o lançamento do Coletivo de Mulheres do Sindicato dos Engenheiros, realizado no dia 19 de outubro. Os movimentos feministas e de mulheres ao longo da história e o amadurecimento da questão de igualdade de gênero no movimento sindical e na sociedade foi o cerne das exposições.
O lançamento do Coletivo de Mulheres teve entre seus palestrantes o vice-presidente da Fisenge (Federação Interestadual dos Sindicatos de Engenheiros), Roberto Freire, e a desembargadora Federal do Trabalho, Maria Francisca dos Santos, bem como a ex-vice presidente do Senge-ES, Margareth Saraiva.
A magistrada discorreu sobre a evolução da legislação de gênero no Brasil. “A história é contada por homens”, explicou. “As policias sindicais ainda não são do tamanho das mulheres”, complementou Maria Francisca, que usou até de poesia para mostrar os desafios das mulheres no decorrer da historia e na contemporaneidade.
O vice-presidente da Fisenge falou sobre a necessidade de atualização nos quadros e ideias sindicais e da sociedade pela igualdade de gênero. “O lançamento do Coletivo de Mulheres no Espírito Santo é um passo importante que deve ser seguido pelos sindicatos de todos os Estados. As mulheres são mais de 50% da população e não ocupam este mesmo perceptual nas áreas de lideranças. Temos que buscar essa igualdade”, afirmou Freire.
Já a ex-vice presidente do Senge-ES, falou sobre a importância e participação das engenheiras na retomada do movimento sindical. “Hoje temos um novo sindicalismo, uma nova mulher e um novo homem”, afirmou Margareth, fazendo alusão aos novos formatos familiares e do mundo do trabalho. O presidente do Crea-ES, engenheiro Helder Carnielli, defendeu maior participação das mulheres em toda sociedade, nos campos profissionais e de tomada de decisão, bem como nos conselhos técnicos.
Continuidade
O lançamento do Coletivo complementa ações pela igualdade de gênero já iniciadas pelo Senge-ES. Além de organizar eventos para discutir o assédio moral, no ano passado o Sindicato dos Engenheiros aderiu ao movimento da Organização das Nações Unidas (ONU) pela igualdade de direitos e oportunidades de homens e mulheres intitulado #ElesPorElas.