O Sindicato dos Engenheiros no Estado do Espírito Santo (Senge-ES) terá programação especial na II Feira do Conhecimento, que será realizada entre os dias 29 de agosto e 1º de setembro, no Centro de Eventos Padre Cleto Caliman, em Venda Nova do Imigrante, região serrana do Estado. O evento envolve engenharia, agricultura, cultura e inovações tecnológicas.
O evento envolverá nove municípios da região e apresentará diversos nichos do conhecimento, como a robótica, engenharia, agronomia, física, química, matemática, dentre outros. Serão 50 stands, 23 escolas e 14 instituições envolvidas, além de um total de 62 projetos científicos inscritos.
O evento tem a apoio do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Espírito Santo (Senge-ES), sendo uma realização conjunta do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) e da Prefeitura Municipal de Venda Nova.
Participe da programação
A programação do Senge-ES engloba duas palestras gratuitas que abordam a temática das engenharias renováveis. No dia 30/8 (quinta), às 15h30, a engenheira Aline Gonçalves fala sobre Veículos Elétricos. Já no dia 31/8 (sexta), às 13h30, é a vez do engenheiro Pedro Pacheco Bacheti proferir a palestra Setor Fotovoltaico Capixaba. Ambos os eventos serão realizados na Casa da Cultura de Venda Nova – Rua Elizabete Perim, 123, Venda Nova do Imigrante – ES, 29375-000.
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Veículos elétricos
A Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) prevê que a transição do motor de modelos movidos a combustão para carros eletrificados seja feita dentro de 20 a 30 anos. Os carros elétricos estão se tornando tão econômicos e práticos quanto os carros com motores convencionais. A frota mundial de veículos eletrificados cresceu 55% de 2017 para 2018.
Segundo dados divulgados pela ABVE, nos cinco primeiros meses de 2018, foram emplacadas 1.562 unidades dos chamados carros “verdes”, que produzem menos ou nenhum gás poluente da atmosfera. O volume representa apenas 0,16% do total de veículos comercializados no país. No mesmo período a Noruega – país que lidera a troca da frota a combustão – chegou a 39% no ano passado. Em 2017, foram emplacados 1,1 milhão de carros deste tipo no mundo inteiro, sendo mais da metade na China (580 mil), que representaram 2,2% do mercado.
Energia fotovoltaica
A necessidade de uma política estadual para incentivar a microgeração de energia solar fotovoltaica deu um importante passo neste ano. Desde março o Estado aderiu ao convênio 16/2015, do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que permite isenção do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) para os produtores de energia fotovoltaica. Em suma, agora os capixabas não pagam impostos sobre uma energia que produzem em suas próprias casas, o que aumenta ainda mais as vantagens de aderir a microgeração de energia.
Pesquisa do Datafolha divulgada em maio de 2015 corrobora a ascensão da energia fotovoltaica. Segundo o levantamento, 62% dos entrevistados estão dispostos a instalar um sistema de microgeração de energia solar em casa – equipamentos conhecidos por 74% da amostra. Diante da hipótese de ter acesso a uma linha de crédito com juros baixos e a possibilidade de vender o excesso de energia para a rede elétrica, o percentual de interessados sobe para 71%.
De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o Brasil possui atualmente 18.214 sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, trazendo economia e engajamento ambiental a 20.518 unidades consumidoras, somando mais de R$ 1,33 bilhões em investimentos acumulados desde 2012, distribuídos ao redor de todas as regiões do País.
Hoje a energia solar representa menos de 0,5% da matriz energética do País. A Alemanha tem 8%, mesmo com território e índice de insolação bem menores do que os do Brasil. Existe necessidade de vencer gargalos para avançar na produção de energia renovável no Brasil. Segundo o planejamento para a próxima década, a potência instalada de eletricidade a partir do sol deve representar quase 4% da potência total brasileira de 2024.