Em uma infeliz declaração, o embaixador da Espanha no Brasil, Manuel de La Camara, à agência de notícias EFE, declarou que os engenheiros espanhóis que estão trabalhando em nosso país “prestam um duplo serviço ao Brasil. Oferecem mão de obra qualificada, graças ao investimento em educação do Estado espanhol, e, além disso, formam os engenheiros brasileiros”. Nós, da Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge), ressaltamos que a engenharia nacional e os engenheiros brasileiros nada devem em termos de tecnologia e conhecimento em relação a profissionais de outros países. Há que se ressaltar que a falta de engenheiros é pontual em algumas áreas (naval, petróleo, por exemplo) e, nesse sentido, uma política de reciprocidade é fundamental. Além disso, dados do Ministério da Educação (MEC) apontam que, desde o início de 2000, nunca houve tantas pessoas estudando engenharia no Brasil, mais de meio milhão de alunos. A engenharia brasileira é estratégica para a construção de uma nação soberana e solidária e não admitiremos tentativas de desqualificação.