Frente ao atual dilema de escassez de água e energia, à energia solar distribuída ganhou status de solução. Pesquisa do Datafolha divulgada em maio de 2015 corrobora a ascensão da energia fotovoltaica. Segundo o levantamento, 62% dos entrevistados estão dispostos a instalar um sistema de microgeração de energia solar em casa – equipamentos conhecidos por 74% da amostra. Diante da hipótese de ter acesso a uma linha de crédito com juros baixos e a possibilidade de vender o excesso de energia para a rede elétrica, o percentual de interessados sobe para 71%.
Os recentes aumentos de tarifas de energia, de 29% médios no Sudeste / Centro-Oeste, chegando a 40% para algumas concessionárias, devem impulsionar ainda mais a procura dos brasileiros por alternativas como a instalação de painéis fotovoltaicos em suas residências. Não por acaso a redução nas despesas com eletricidade foi o principal benefício enumerado por 82% entrevistados pelo Datafolha. A redução dos impactos de secas prolongadas (77%), a segurança e confiabilidade dessa fonte (70%) e o fato de que se trata de uma alternativa às hidrelétricas (69%) foram as outras razões mais citadas. O Datafolha ouviu 2.100 pessoas em todas as regiões do país. A pesquisa foi encomendada pelo Observatório do Clima e pelo Greenpeace Brasil.
Isenções à vista
O anúncio de dois leilões para energia solar ainda em 2015 mostra que o governo federal também acordou para a única fonte de energia que permite instalar capacidades significativas em curto prazo. A energia atualmente gerada pelas termelétricas brasileiras pode ser substituida pela energia solar em apenas três anos. Foi justamente isso que fez a Alemanha na década passada. Em fevereiro deste ano, no programa Canal Livre da Rede Bandeirantes, o Ministro de Minas e Energiaro, Eduardo Braga, confirmou que a decisão de isentar PIS e COFINS já foi tomada. A desoneração de ICMS será negociada com os estados.
Conta de luz vai pesar mais no bolso no Espírito Santo
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou nesta terça-feira (4) reajuste médio de 2,04% nas tarifas da Espírito Santo Centrais Elétricas – Escelsa, que atende 70 dos 78 municípios do Espírito Santo.
Os novos valores entram em vigor na sexta (7), para os cerca de 1,5 milhão de clientes da empresa. Para os consumidores residenciais, a alta média será de 2,29%, já para a indústria a elevação média será de 1,68%.
O reajuste ficou bem abaixo do esperado pela Escelsa, que reivindicava ao Governo Federal um aumento de 36%. Vale lembrar que em março a Escelsa já havia obtido autorização para reajustar as tarifas em 26,3%, em média. Confira abaixo os percentuais por classe de tensão:
Efeito médio por classes de tensão | Variação (%) |
Alta tensão em média (indústrias) | 1,68% |
Baixa tensão em média | 2,29% |
Média (baixa tensão e alta tensão) | 2,04% |