Maior taxa de desemprego desde 2012

Compartilhe:
O desemprego no país atingiu, em média, 11,3% no segundo trimestre de 2016. Essa é a maior taxa já registrada pela pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que começou a ser feita em 2012.
No período, o número de desempregados no Brasil subiu para 11,6 milhões de pessoas, que também é o maior já registrado pela pesquisa.
São 497 mil desempregados a mais do que no primeiro trimestre, crescimento de 4,5%. Em um ano, são 3,2 milhões de pessoas a mais sem emprego, um aumento de 38,7%.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (29) e fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, do IBGE. São pesquisadas 211.344 casas em cerca de 3.500 municípios.
O IBGE considera desempregado quem não tem trabalho e procurou algum nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram coletados.
O desemprego no trimestre ficou dentro da expectativa de analistas. Projeção de pesquisa da Reuters indicava que a taxa chegaria a 11,3%, o que de fato aconteceu.

Comparação com resultados anteriores

No segundo trimestre de 2016, a taxa de desemprego foi de 11,3%:
  • no primeiro trimestre, havia sido de 10,9%;
  • um ano antes (segundo trimestre de 2015), havia sido de 8,3%;
O número de desempregados chegou a 11,6 milhões:
  • no primeiro trimestre, havia sido de 11,1 milhões;
  • um ano antes (segundo trimestre de 2015), havia sido de 8,4 milhões;

Número de trabalhadores fica estável no trimestre

O número de pessoas com trabalho ficou em 90,8 milhões no segundo trimestre, resultado considerado estável pelo IBGE em comparação com o primeiro trimestre.
Em um ano, o total de trabalhadores caiu 1,5%, o que equivale a 1,4 milhão de pessoas.

Rendimento cai 1,5% no trimestre

O rendimento real (ajustado pela inflação) do trabalhador caiu e ficou em R$ 1.972 no segundo trimestre deste ano, chegando ao patamar mais baixo desde o trimestre entre novembro de 2012 e janeiro de 2013, quando foi de R$ 1.969.
Na comparação com o primeiro trimestre de 2016 (R$ 2.002), o rendimento teve queda de 1,5%. Em relação ao segundo trimestre do ano passado (R$ 2.058), caiu 4,2%.

Em um ano, cai número de carteiras

O número de empregados com carteira assinada no segundo trimestre ficou em 34,4 milhões, o que também foi considerado estável pelo IBGE em comparação com o primeiro trimestre.
Em um ano, a queda foi de 4,5%, o que representa uma perda de cerca de 1,5 milhão de carteiras.

Outras pesquisas sobre emprego

O Ministério do Trabalho também divulga mensalmente dados sobre emprego, mas apenas com o número de trabalhadores com carteira assinada. Na última divulgação, ele indicou que o Brasil perdeu 531.765 postos com carteira no primeiro semestre.
O IBGE fazia outras duas pesquisas com dados de desemprego, mas manteve apenas a Pnad Contínua mensal, que é nacional.
A PME (Pesquisa Mensal de Emprego) media a taxa mês a mês, com base em seis regiões metropolitanas: Recife, Belo Horizonte, São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro e Porto Alegre. A última divulgação da PME foi em março, com dados de fevereiro.
A Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes) foi divulgada até fevereiro e, depois, encerrada.
(Com Reuters)
Compartilhe:

Você também pode gostar de...

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Bem vindo! Bem vinda!

O Sindicato dos Engenheiros no Estado do Espírito Santo (Senge-ES) inaugura novas plataformas de comunicação com os engenheiros, agrônomos, geógrafos, geólogos, meteorologistas e afins. O site foi totalmente atualizado. Além disso, o Sindicato agora também está inserido nas redes sociais através do Facebook. O conteúdo pode ser acessado via computador e dispositivos móveis: tablet e celular (smartphone).

Acesse nosso novo site. Opine, interaja conosco nas redes sociais. Queremos estar próximos de você e do que é importante na sua trajetória profissional.

×