Cerca de três mil famílias e aproximadamente 70 agentes de extensão técnica e extensão rural na Amazônia vão receber apoio do Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal (FNDF) e do Fundo Clima para atividades ligadas ao uso sustentável da floresta.
Eles serão os beneficiários dos 20 projetos aprovados nas três chamadas públicas que o FNDF e o Fundo Clima, geridos, respectivamente, pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e pelo Ministério do Meio Ambiente, lançaram conjuntamente este ano. O resultado está disponível no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 03/06. “Sempre que há sinergia entre esforços governamentais, as chances de sucesso de iniciativas aumentam exponencialmente e, nesse caso, quem ganha são as populações rurais da Amazônia”, afirma a diretora de Fomento e Inclusão do SFB, Claudia Azevedo-Ramos.
A chamada que oferecerá capacitação e assessoria para fortalecer a gestão de empreendimentos florestais de base comunitária foi a que teve o maior número de projetos selecionados, e atenderá 13 associações e cooperativas, sendo 11 localizadas no Pará e duas no Amazonas. Os beneficiários são de Almeirim (AM), Anapu (PA), Boa Vista do Ramos (AM), Carauari (AM), Porto de Moz (PA) e Santarém (PA).
Já outras quatro associações e cooperativas de moradores das Resevas Extrativistas (Resex) do Ituxi (AM), Verde para Sempre (PA), Tapajós-Arapiuns (PA) e da Floresta Nacional de Caxiunã (PA) vão receber assessoria para a comercialização de produtos florestais, seja madeira ou produtos não madeireiros. Este foi o tema de outra chamada, voltada somente a extrativistas situados em unidades de conservação.
Além disso, três instituições de estados da Amazônia Legal terão seus agentes de assistência técnica e extensão rural capacitados no tema manejo florestal. O Instituto de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia, em Pacajá (PA), a Associação em Áreas de Assentamento do Maranhão, em Pedreiras (MA), e o Instituto Estadual de Florestas do Amapá, em Macapá (AP), terão profissionais qualificados a apoiar a realização do manejo florestal por produtores rurais.
Com a seleção dos projetos concluída, o Serviço Florestal iniciará a próxima etapa, que consiste na contratação de instituições especializadas para prestar os serviços aos beneficiários. Esta forma de operação adotada pelo FNDF permite que se conheça quem demanda os serviços ofertados pelas chamadas e que o apoio seja direcionado às necessidades desses públicos, “sem que para isso haja repasse de recursos financeiros a estas instituições, o que pode gerar enormes dificuldades para este público”, ressalta o gerente executivo de Capacitação e Fomento do SFB, João Paulo Sotero.
O FNDF está em operação há três anos e, além de apoiar atividades florestais sustentáveis na Amazônia, também tem atuado na Caatinga e na Mata Atlântica. Aproximadamente 100 projetos são apoiados atualmente nesses biomas.
Fonte: Serviço Florestal Brasileiro
