A Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge) comemorou 20 anos de luta, no dia 26/9, com um ato comemorativo no Clube dos Marimbás, em Copacabana, Rio de Janeiro. Fundada em 18 de setembro de 1993, a Fisenge possui 11 sindicatos filiados no Brasil: na Bahia, no Espírito Santo, em Minas Gerais, na Paraíba, no Paraná, em Pernambuco, no Rio de Janeiro, em Rondônia, em Sergipe, no município de Volta Redonda e no Sindicato de Engenheiros Agrônomos de Santa Catarina. Estiveram presentes lideranças políticas, partidos, movimentos sociais, parlamentares e entidades de classe. O engenheiro Luiz Carlos Soares, coordenador da Consenge em 1991, falou sobre o início da fundação da federação. “A partir dos avanços ocorridos na ação e organização sindical da década de 1970, os trabalhadores brasileiros foram incentivados a se organizarem de modo mais forte e consistente na busca por melhores salários, oportunidades e condições de trabalho. Assim, o movimento sindical dos engenheiros também foi influenciado”, pontuou.
Em seguida, o secretário nacional de organização da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Jacy Afonso, fez um resgate da fundação da central. “A CUT surge em 1983 num momento de transição do movimento sindical para o novo sindicalismo. Um sindicalismo de luta e combativo. Lembro do companheiro, engenheiro e deputado federal Jorge Bittar (PT-RJ), conduzindo uma das assembleias de fundação da CUT”, afirmou.
A Fisenge surge em um momento de consolidação do novo sindicalismo no Brasil e no combate à ofensiva neoliberal dos anos 1990. “Esta divergência de prática também refletiu no movimento dos engenheiros, em busca de uma agenda alinhada à luta dos trabalhadores como um todo, não apenas corporativa. Nesses 20 anos, travamos, ao lado dos movimentos sociais, lutas intensas pelo fortalecimento da democracia brasileira; contra as privatizações e o desmonte do Estado”, afirmou o presidente da Fisenge, Carlos Roberto Bittencourt.
A cada dia, no enfrentamento ao projeto neoliberal, a Fisenge foi se consolidando como referência, mobilizando os trabalhadores. “Como um dos fundadores da Fisenge, posso afirmar, sem dúvida alguma, que é uma das entidades mais importantes da engenharia brasileira, ao lado dos Creas, Clubes de Engenharia. Comemorar os 20 anos da Fisenge é uma alegria”, falou o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), Agostinho Guerreiro, que representou os Creas presentes.
Foram feitas homenagens aos ex-presidentes da Fisenge: Luiz Carlos Correa Soares (coordenador da Consenge, de 1991 a 1993); Carlos Roberto Aguiar de Brito (1993 a 1999); Paulo Bubach (1999 a 2004); Olímpio Alves dos Santos (2004 a 2008); e à primeira mulher na direção da Fisenge, de 1993 a 2002, Maria José Salles. Também pela contribuição, dedicação e pelo empenho à Fisenge, foram homenageados os funcionários Gilcimara Valle, que está desde a fundação da Fisenge; e João Antonio Dias Borges, que contribui desde 1995.
“Para aqueles que acreditam na construção de um Brasil diferente, afirmo: as portas estão abertas. Continuaremos trilhando caminhos em busca de um país solidário, fraterno e igualitário”, concluiu Bittencourt.
Ao final, foi lançado oficialmente o 10º Congresso Nacional de Sindicatos de Engenheiros, que será realizado entre os dias 27 e 30 de agosto de 2014, em Búzios, no Rio de Janeiro. “Demos um salto político no 3º Consenge de 1995, apontando a necessidade de voltar para o mercado interno. Fizemos ali um contraponto importante e temos capacidade de dar mais um salto político no 10º congresso”, destacou o presidente do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (Senge-RJ), Olímpio Alves dos Santos.
Fonte: Fisenge