O Sindicato dos Engenheiros no Estado do Espírito Santo inicia o triênio voltado para reestruturação interna e trabalha com um planejamento estratégico enxuto. As ações visam uma administração ágil e efetiva para atender os anseios da categoria.
O presidente atual, engenheiro eletricista Ary Medina Sobrinho, faz parte do quadro sindical do Senge-ES desde 1994. Foi secretario geral por quase dez anos e teve passagem pela maioria das diretorias. Ary explica que o momento é de organização de ações que serão voltadas para sociedade. O objetivo é que isso se reverta em auxilio na luta da categoria pela valorização profissional. Além disso, defende que o Sindicato dos Engenheiros retome a boa relação com os profissionais, fidelizando e garantindo a luta por seus direitos.
Confira entrevista completa:
O que motiva a nova administração 2015-2017 nesse inicio de trabalho?
Queremos restabelecer nossa ligação com os profissionais. O objetivo é resgatar a confiança entre o sindicato e a categoria, que se afastou. Identificamos que o elo forte entre o sindicato e os profissionais da empresa foi enfraquecido com a redução dos representantes de base.
O foco é estimular a representação sindical nas empresas e dar mais representatividade aos profissionais junto das mesmas, construindo uma relação de respeito entre as partes, buscando o crescimento das empresas e a valorização dos trabalhadores.
De que maneira o Senge-ES planeja participar de questões da engenharia no cotidiano das cidades e na política nacional?
A engenharia está diretamente correlacionada com as transformações presentes nas cidades. Nossas ações devem estar voltadas para minimizar os problemas atuais, porém cientes das responsabilidades do planejamento futuro, de forma a equacionar o crescimento e a escassez dos recursos naturais.
O Senge-ES deve atuar como parceiro na gestão publica, participando dos grupos de trabalho que necessitem de profissionais especializados para debater e desenvolver projetos voltados para diversas necessidades que já enfrentamos, como poluição do ar na Grande Vitória (pó preto), recuperação de nascentes e preservação dos recursos hídricos, mobilidade urbana, escassez de energia, entre outros.
Como o sindicato pretende participar da formação profissional dos futuros engenheiros?
Devemos auxiliar na formação ética e técnica dos futuros profissionais de engenharia, criando uma relação mais próxima dos futuros engenheiros com as empresas, envolvendo os empresários sobre a importância e benefício do estágio para o estudante e também para as empresas como possível mão de obra especializada no futuro.
Vamos promover palestras e seminários que venham a motivar o estudante de engenharia, conscientizando-o da importância dele como mão de obra especializada no cenário de desenvolvimento nacional.
Como será abordado o relacionamento com as instituições?
Ampliaremos a boa relação com o Crea-ES, a Fisenge e a CUT. Em comum temos a busca por melhorias na atuação da engenharia no Espírito Santo e no Brasil. Estamos abertos a ajudar em demandas que beneficiem a categoria. Estaremos presentes e ativos nos grupos de trabalho que fomentem a valorização dos engenheiros e engenheiras. Apoiaremos ações de combate à ilegalidade, em defesa da ética e a transparência.